Orçamento de Fortaleza

Para 2012, a Prefeitura de Fortaleza prevê como receita a quantia de R$ 5 bilhões aproximadamente (Tabela 1), que será aplicado ao longo do ano no pagamento de compromissos assumidos, na realização de obras e na cobertura de todos os gastos de manutenção da máquina pública. Os valores destinados a cada área de atuação do Governo Municipal são estabelecidos pela Lei Orçamentária Anual (LOA), elaborada pela Secretaria de Planejamento e Orçamento (Sepla) e aprovada pela Câmara de Vereadores de Fortaleza (CMF).

A receita cresceu 16,45% em relação a 2011, o que representa um aumento de R$ 711 milhões para os cofres públicos. Esse crescimento é alavancado pela receita própria, que deverá chegar a R$ 3,8 bilhões (Tabela 2), superando o ano anterior em 15,4%. O valor é o resultado do recolhimento de tributos devidos ao município, o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis inter vivos (ITBI), taxas e contribuições de melhoria.

O restante da receita, R$ 1,3 bilhão (tabela 2), corresponde às transferências de convênios, royalties e repasses feitos por outros níveis de governo, nos termos do artigo 158 da Constituição Federal. Dentre estes, estão, no âmbito federal, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); e, na esfera estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Lei Kandir e Fundo de Exportação.

Entram também na conta da receita do município as operações de crédito, como aquelas firmadas com o Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Corporação Andina de Fomento (CAF) e a Caixa Econômica Federal (CEF).

Despesas do Executivo

Os gastos com pessoal e encargos sociais são os que mais pesam aos cofres da Prefeitura. Em 2012, cerca de R$ 2,1 bilhões serão utilizados para a manutenção da máquina pública (tabela 4), o que representa 41,2% do total orçado para o período. Em comparação ao ano de 2011, esse valor teve um aumento de 6,92%. Tal incremento é em virtude de contratação de novos servidores e do crescimento vegetativo da folha de pagamento, visto que há anualmente ascensões funcionais e incorporações de gratificações, por exemplo.

A dívida pública do município vai exigir o aporte de R$ 12,7 milhões (tabela 5), para pagar juros e encargos financeiros, cerca de 35% a menos que o montante destinado para o mesmo fim em 2011. A previsão de investimentos, por sua vez, é de R$ 951,3 milhões (tabela 5), um aumento de 8,12% em relação ao orçado para o ano anterior.

Em 2012, a Saúde continua recebendo o maior volume de recursos entre as despesas por funções, sendo a previsão de gastos de R$ 1,39 bilhão (tabela 6) ou 27,6% da receita. Outras áreas que receberão valores consideráveis são a Educação, com um total de R$ 905.575.000,00 (tabela 6), 17,9% do total orçado, e Urbanismo com R$ 886.855.212,00 (tabela 6), 17,53% do total.

Os gastos com o gabinete da prefeita sofreram uma redução de 21,82%, caindo de R$ 55,1 milhões, em 2011, para R$ 43 milhões (tabela 7), em 2012. Com a saída do vice-prefeito Tin Gomes, eleito deputado estadual, a verba destinada ao gabinete de vice-prefeito teve uma redução de 82,5%, totalizando R$ 200.000,00 (tabela 7).

Quanto às despesas por Secretarias Executivas Regionais (SERs), todas obtiveram aumento. A Secretaria Executiva Regional do Centro receberá este ano R$ 59 milhões, um aumento de 156% no orçamento. O repasse à Secretaria Executiva Regional IV também sofreu aumento significativo, de 46%, elevando seu orçamento a R$ 80,8 milhões. Em valores reais, no entanto, as Secretarias Executivas que possuem maior previsão de despesa são a Regional VI, com R$ 135,2 milhões, a Regional II, com R$ 119,7 milhões e a Regional I, com R$ 103,5 milhões (tabela 8)

A Câmara Municipal, para 2012, tem um orçamento de R$ 114,7 milhões (tabela 8), um aumento de 18% sobre o de 2011. Já a Guarda Municipal tem um gasto previsto de R$ 114,7 milhões (tabela 8), um incremento de 12,6% relativamente a 2011.

Resumo geral da Receita

CATEGORIA E SUBCATEGORIA ECONÔMICA

TOTAL

RECURSOS DO TESOURO

REC. OUTRAS FONTES

Receitas Correntes

4.452.431.032

3.542.319.780

910.111.252

Receita Tributária

870.576.142

870.576.142

Receita de Contribuições

243.835.077

140.766.134

103.068.943

Receita Patrimonial

129.385.998

57.425.436

71.960.562

Receita de Serviços

3.917.384

163.784

3.753.600

Transferências Correntes

2.871.159.572

2.209.119.853

662.039.719

Outras Receitas Correntes

333.556.859

264.268.431

69.288.428

Receitas de Capital

652.016.260

573.375.496

78.640.764

Operações de Crédito

314.896.000

314.896.000

Alienação de Bens

4.644.119

4.531.119

113.000

Amortização de Empréstimos

530.000

530.000

Transferências de Capital

331.946.141

253.948.377

77.997.764

Receitas Intra-Orçamentárias Correntes

270.529.984

270.529.984

Receitas de Contribuições

270.238.084

270.238.084

Receitas de Serviços

291.900

291.900

DEDUÇÕES DA RECEITA

[318.003.276]

[318.003.276]

TOTAIS

5.056.974.000

3.797.692.000

1.259.282.000

Fonte: Sepla